Photo: weheartit |
Todo mundo reclamava do carro
dele, que precisava de alguns consertos, com certeza, mas era bem melhor que andar de ônibus lotado todo dia. Eles podiam falar qualquer coisa, mas eu não
conseguia deixar de gostar daquele carro meio velho, que tinha até nome, mas
que combinava perfeitamente com o cabelo dele, sempre bagunçado, com o jeito
despojado dele se vestir. Eu era apaixonada por ele, não podia evitar.
Todo mundo reclamava das roupas
que ele usava, sempre fora de moda e do padrão. Como eles não viam que esse era
o charme dele? Essa não preocupação, essa possibilidade de poder vestir o que
ele quisesse, o que o deixava confortável, o que ele achava bonito. Se ele se
sentia bem, como não ficar bem ao lado dele?
As pessoas diziam que formávamos
um bonito casal. Só não sei se isso era um elogio. Mas pouco importava. Eu
sempre achei que erámos a perfeição juntos. Ele me completava e eu fazia a
diferença na vida dele. Feijão com arroz, café com leite, pão com manteiga. O
melhor é que não caímos nessa mesmice da vida de casal. Sempre existiam batatas
fritas na nossa relação, e como era gostoso passear com ele e depois parar em
alguma lanchonete pra comer besteira.
Mas aí, um dia, do nada, ele
disse que não dava mais certo. Que a culpa não era minha, era ele. Que ele não
sentia mais por mim o que ele sentia antes. Aquele papo furado que se usa no
fim de relacionamento. Fiquei mal, chorei, implorei pra ele repensar a decisão
dele. Mas ele não voltou atrás e eu fiquei sofrendo.
3 comentários:
DOREI kkkk aff nunca mais tinha comentado, deviam fazer comentário de blog como faz no facebook, fica a dica pros fazedores do blog
Texto simples e sincero, mostrando que fins indicam novos começos e que podem se tornar boas lembranças (:
O problema? Deixa com eles, os problemáticos.
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